"O que existe na escuridão? Seria o mesmo ambiente e as mesmas coisas que existem no claro?
Você tem certeza?"
O fato relatado a seguir mostra que não é bem assim!
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Só de lembrar desse estranho fato ocorrido, eu sinto calafrios.
Não é algo que eu conto pra
todo mundo mas eu acho que se encaixa perfeitamente aqui.
A casa em que eu moro já não é tão nova, deve ter quase 50 anos, mas nunca teve
nenhum problema fora do normal (e com isso eu quero dizer paranormal).
Nunca vi
nada de estranho lá.
Mas tem um quarto que fica embaixo da casa, quase como se
fosse um porão, que só se tem acesso por fora, pelo quintal.
A minha mãe usa ele
como lavanderia.
Esse quarto sempre me deixou incomodado.
Eu não gosto de ir
nele e sempre evito ir a noite nele.
EU nunca vi nada de estranho nele, mas
sempre que eu entro lá, eu tenho uma sensação estranha, como se tivesse alguém
me olhando, e me olhando com raiva.
Mas apesar disso, nada nunca aconteceu.
Eu raramente ia lá, e o resto da família
parecia não se incomodar com ele, e a vida seguia o seu rumo.
Mas por volta do ano de 2002
isso mudou.
Certa noite eu estava me arrumando para dormir, e como no dia
seguinte eu tinha que acordar cedo para ir à uma entrevista de emprego (o meu
primeiro), eu resolvi já deixar tudo pronto à noite para não acontecer
imprevistos na manhã seguinte.
Então eu comecei a separar a minha roupa e
coloquei em uma cadeira do lado da minha cama.
Mas eu não estava achando a calça
que eu tinha separado mais cedo.
Eu perguntei para a minha mãe sobre ela e ela
me falou que tinha lavado, secado e passado ela, e que a calça deveria estar na
lavanderia.
Apesar de não gostar de ir lá e evitar ao máximo chegar perto da
lavanderia de noite, nunca tive razão sólida nenhuma para não ir lá.
Então eu
fui atrás da minha calça.
Só que já fazia quase 2 semanas que a lâmpada do
quintal tinha queimado, e não tinha nenhuma iluminação perto da lavanderia, que
pudesse ser acesa pela casa, só a luz que tinha em cima da máquina de lavar e a
própria luz do quartinho que eram acesas por dentro dele. Mas eu fui para lá sem
problemas.
Apesar da escuridão me incomodar um pouco, eu cheguei até a porta do quartinho.
Eu comecei a sentir uma certa apreensão em destrancar e abrir a porta (tinha uma
tranca por fora que era fechada com um cadeado), mas como queria dormir logo
ignorei aquela sensação e comecei a abrir o cadeado.
Então uma angustia começou
a tomar conta de mim.
Eu não sabia de onde aquilo estava vindo, mas queria
acabar logo com isso tudo, só queria pegar a minha calça e voltar para o meu
quarto.
Eu coloquei o cadeado em cima da maquina de lavar e girei a maçaneta da
porta.
A porta começou a abrir bem devagar, e rangendo.
Eu não conseguia ver
nada lá dentro, só via aquele breu na minha frente.
A única coisa em que eu
pensava fazer era acender a luz logo de uma vez, mas não sei por que eu não
queria colocar a minha mão lá dentro. Aos poucos eu fui vencendo o medo, cheguei
perto da porta, e sem entrar, coloquei o braço lá dentro, procurando o
interruptor na parede.
Eu não estava achando ele, e aquela sensação era
horrível, e o fato de eu não conseguir enxergar nada lá dentro só me deixava
completamente arrepiado.
Então eu senti um alívio quando senti a capinha que
fica em volta do interruptor de luz.
Mas de repente, antes de eu conseguir
apertar o interruptor de luz, eu senti alguma coisa agarrando o meu braço e
puxando ele para longe da parede.
Parecia ser uma mão, e estava apertando forte.
Eu entrei em desespero, o que era aquilo?
E ainda por cima estava ardendo
muito!!! Parecia que estava queimando, feito queimadura de sol.
Eu me segurei na
parede do lado de fora e comecei a gritar, mas o que quer que fosse aquilo ainda
estava me puxando para dentro da escuridão do quartinho.
Eu não ouvia barulho
nenhum lá de dentro, mas sentia um ódio vindo do que tinha lá.
Eu continuei
gritando e no desespero dei um chute na porta.
Ela bateu em algo e a minha mão
se soltou. Eu cai para trás e comecei a me arrastar para longe da porta.
Então o meu pai e o meu irmão apareceram correndo.
Eu mal podia explicar o que
tinha acontecido, mas eles conseguiram entender que tinha alguém no quartinho.
Eles foram chegando perto e eu gritando para eles saírem de lá, só para fecharem
a porta e saírem de lá, mas o meu pai simplesmente colocou a mão lá dentro e
acendeu a luz.
Para o meu espanto, não tinha nada lá dentro, só um monte de
roupas no chão o armário com produtos de limpeza.
Não tinha absolutamente lugar
nenhum para se esconder lá dentro, e o que quer que fosse que me atacou, não
estava mais lá.
Para onde tinha ido? O meu irmão revirou até as roupas, mas não
tinha nada.
Um pouco mais calmo eu consegui explicar para eles o que tinha
acontecido e mostrei o meu braço, que agora estava cheio de hematomas onde eu
senti a pegada.
Eles falaram que podia ter alguém lá dentro e que saiu correndo
antes deles chegarem, mas eu estava lá o tempo todo e NADA saiu de dentro do
quartinho. Então o meu pai pegou a minha calça e trancou a porta com o cadeado
de novo.
O meu braço ficou ardendo o resto da noite e a manhã seguinte quase que inteira.
Até hoje eu não tenho explicação para o que aconteceu aquela noite.
Aqui em casa
ninguém acredita em mim, e acham que devia ter alguém lá, mas com o pânico eu
acabei não vendo quando a pessoa fugi de lá de dentro.
Mas como alguém estaria lá dentro, com a prota trancada do lado de fora com um cadeado? Impossível.
Nunca mais aconteceu nada de anormal por aqui, mas também eu nunca mais cheguei perto do quartinho (com exceção de
algumas vezes, e nunca de noite).
Eu não sei o que era aquilo que agarrou meu braço, e acho melhor não saber, mas da forma que foi, tenho certeza de que aquilo não era desse mundo.
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Anderson - São Paulo - Brasil
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